segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

"Sou da geração do peeling." Entrevista publicada no jornal The Hairdresser, no dia 7 de fevereiro de 2010, com o astro e galã de teatro e cinema Rodrigo, de apenas 21 anos, também conhecido por seus refinados posts no imperdível blogue Os Espectadores e Os Performáticos. O ator (e blogueiro nas horas vagas!) já está na lista dos Homens Mais Influentes da Década, deixando para trás personalidades como Louis Garrel e o veterano Javier Bardem. Rodrigo nos fala das dificuldades de início de carreira, como a passagem pela prostituição, de seu novo filme e da pressão de estar inserido em um mundo tão disputado com tão pouca idade. Recebeu-nos carinhosamente em sua mansão em Brentwood, California, com uma descontraída camisa Armani, os cabelos penteados para trás e um copo de whisky nacional ("Perdi as chaves do bar e estou bebendo as garrafas da minha empregada!", disse, com risada amistosa) que saboreava tranqüilamente às nove horas da manhã.

THE HAIRDRESSER: Rodrigo, em primeiro lugar, gostaria de agradecer a imensa oportunidade de travar essa entrevista com você. Inicialmente, responda-nos, existiu algum personagem que tenha lhe inspirado ou que tenha motivado uma maior conexão com as artes dramáticas?
Rodrigo: O prazer é todo meu, e eu gostaria de agradecer a todos pela oportunidade. É um imenso prazer recebê-los aqui em minha humilde casa. Bom, quanto à pergunta, creio que ficaria com a Gilda, pela sua força, tranqüilidade e vigor com que representou a mulher de seu tempo. De certa forma, eu também quero representar a mulher do meu tempo! (Solta uma risada macia, enquanto traga o primeiro cigarro da manhã.)

THE HAIRDRESSER: Então a Rita Hayworth serviu como...
Rodrigo: Sim!

THE HAIRDRESSER: Conte-nos sobre o seu último filme. Você interpreta um jogador de cartas que se lança à prostituição depois de perder todo o dinheiro nos cassinos. Como foi a experiência de lidar com um personagem tão desesperado, que aceita vender o próprio corpo para continuar vivendo?
Rodrigo: A minha maior ambição, como ator, é quebrar todas as barreiras. Não escondo de ninguém que já precisei me prostituir no começo da minha carreira. A prostituição foi difícil, mas, afinal, valeu a pena, porque fiz contatos com o meio cinematográfico, consegui chamar a atenção dos produtores pela minha beleza e, aos poucos, adquiri minha própria independência profissional. Claro que houve experiências ruins, como em tudo na vida, mas acredito que é um trabalho como qualquer outro e que merece respeito.

THE HAIRDRESSER: Como foi o amadurecimento para o papel?
Rodrigo: Eu entrei em contato com diversos profissionais da prostituição para assimilar os trejeitos, a forma de levar a vida, pois a minha experiência havia sido muito tímida e rápida. Descobri que os rapazes que vendem o próprio corpo são seres humanos como quaisquer outros, e que muitos estão nessa vida porque não há outra opção! E, ao contrário do que muitos pensam, são pessoas limpas, cheirosas e muito boas de cama!


Rodrigo, já levemente alterado pelo whisky matinal. "A prostituição foi difícil, mas valeu a pena."

THE HAIRDRESSER: Deixando esse assunto um pouco de lado, no filme, seu personagem sofre uma desilusão amorosa. Você já passou por alguma experiência assim?
Rodrigo: Eu sou um ser humano, né? (Risos) Já tive minha alma e meu sentimento roubados, mas hoje posso dizer que sou uma nova pessoa. Já escrevi carta de amor, já até chorei de saudade e perdoei! Não sou ainda uma pessoa madura, mas já aprendi que não existe nada mais nobre que o perdão. E, já que estou sendo sincero, estou disposto a passar por tudo isso de novo. Agora estou solteiro, mas já estou em busca de um novo amor.


Rodrigo sobre dieta: "Não consigo resistir a uma lasanha"

THE HAIRDRESSER: E sobre alimentação, como é a sua dieta?
Rodrigo: Eu como de tudo. E posso falar mais? Adoro Coca Cola e hamburguer. E não consigo resistir a uma lasanha. Mas faço vôlei, nado e levanto peso, senão meus empresários me demitem amanhã!

THE HAIRDRESSER: Mudando um pouco de assunto, você não tem medo de sofrer críticas por ser tão influente com tão pouca idade?
Rodrigo: Ah, acho que não tenho! Você sabe quantos anos a Elizabeth Taylor tinha em A Place in the Sun? 19! Eu já estou com dois anos atrasado, inclusive já estou com uma ruga aqui no olho, quer ver? (Aproxima o rosto do entrevistador) É um absurdo! Ainda bem que eu sou da geração do peeling.

THE HAIRDRESSER: Antes de nos despedirmos, não poderíamos deixar de esquecer aquele incidente com a Natalie Portman. É verdade que ela avançou em você durante o último Festival de Cannes com inveja do seu sucesso?
Rodrigo: Quantas vezes eu vou precisar dizer que essa história não passa de mito? Isso nunca aconteceu, eu e a Natalie somos grandes amigos, apesar do que a imprensa diz. Temos várias coisas em comum, gostamos de comida brasileira, temos um poodle-toy e adoramos golfe.

THE HAIRDRESSER: E, para finalizar, Rodrigo, que recado você deixa afinal para todos os seus fãs e leitores da The Hairdresser?
Rodrigo: Espero trazer ao mundo o ator que a minha geração não teve. Obrigado por me amarem.

Um comentário:

  1. Li isto na própria Hairdresser. Pensei: «meu amigo está fazendo sucesso, espalhando sua divindade.» Senti-me bem.

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