quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Então eu disse: «Não, não é este o último adeus», mas ele insistiu que seria. «Tudo bem», fingi desistir. Saí de cena mais uma vez, como em tantas outras. Uma semana e dois dias depois, ele bateu à minha porta, e lá fora chovia. Abri, e ele disse, mais uma vez, «não consigo viver sem ti». Pedi-lhe que esperasse um momento. Voltei para dentro de casa - ele, o ensopado, prostrado na entrada - e voltei passado um minuto com um DVD, que coloquei nas suas mãos. Na capa lia-se «a orgia dos twinks safadinhos». Disse-lhe então adeus, fechei a porta. Senti a adrenalina da vingança preenchendo-me, irradiando desde um centro que era o sorriso nos meus lábios.

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